sábado, 2 de julho de 2011

Rio violento

Autor: *Celio Junger Vidaurre

Depois das ocupações no Complexo do Alemão e as UPPs nas outras favelas do Rio de Janeiro, as cidades da Região Metropolitana passam por profundos dissabores com as incursões dos bandidos que são deslocados para exercerem seus atos ilícitos sem qualquer piedade. Estamos tendo exemplos terríveis de criminosos perigosíssimos sem serem jamais punidos, fazendo um “esconde, esconde” com a polícia que não é mais possível ser aguentado. Onde está o Nem da Rocinha? E os outros bandidos?

Essa violência sem fim dentro da cidade do Rio de Janeiro está, mais do que nunca, trazendo muita intranqüilidade a todos os cidadãos fluminenses que já têm que suportar essa classe política dominante só falando e fazendo besteiras no seu dia a dia. Haja vista o que ocorreu nos últimos meses com os vereadores cariocas na compra da frota de carros, os deputados estaduais com suas inúmeras falcatruas, inclusive a vergonhosa operação do Bolsa Educação.

Esse festival de violência contra o povo fluminense não se sabe até quando poderá ser tolerado, pois, agora, ainda tem que se suportar uma “Marcha da Maconha” que mais parece um desfile de bloco carnavalesco avisando que os velhos tempos estão de volta. A turma do pó acredita que quanto mais proibida é melhor de ser curtida.

As autoridades constituídas também pensam que só existe violência no Alemão, Rocinha, Maré e Penha. Acreditam que ao instalarem essas UPPs tudo estará sanado, mas, não, com essas expulsões dos criminosos para fora da Cidade Maravilhosa, acarretará, como já está acarretando, variados problemas para todos os fluminenses que estão pagando o “pato” com tantos bandidos incomodando a todos.

Há outros tipos de violência que as autoridades não solucionam: primeiro, as famílias em áreas de risco, entregues à própria sorte que quando vêm as chuvas e as sirenes são obrigadas a saírem de suas casas e passarem por variadas humilhações, com o poder público nos discursos embrulhando a todos; segundo, o que se passa em nossos hospitais. Quem vai ao Azevedo Lima fica estarrecido com o que vê, uma autêntica calamidade pública. E os serviços do INSS atrás do Hospital Antonio Pedro, ambos de Niterói, que parecem mais outros casos para a polícia resolver.

O que não se entende é de onde vem tanto dinheiro para fazer as obras da Copa-2014 e para as Olimpíadas 2016, aí tem dinheiro de sobra. Para solucionar essa vergonha na saúde a grana está escassa, todavia, quando as verbas chegarem os conhecidos ladrões do erário deverão ser controlados, senão...

A tristeza cultivada pela população na falta de solução nesses setores escabrosos, motivados pela incompetência dos gestores públicos, leva a perceber que o futuro será triste enquanto permanecer essa desídia articulada por essa classe política que determina como deverão ser procedidas as operações policiais e as interferências médicas e administrativas em nossos hospitais. Até quando esperar?

Se ficar o bicho come, se correr o bicho pega!

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